segunda-feira, 2 de julho de 2012

Hollywood, Disney e as representações Sociais



Os regimes dominantes de representação utilizam mecanismos de produção que influenciam a sociedade e estes meios precisam ser questionados.Os debates destas questões ficam presos a contextos políticos e ideológicos. As lutas relacionadas da memória, da identidade e da representação social na atualidade estão sendo travadas de forma hibrida nos espaços da cultura popular. Envolvendo inclusive elementos teóricos e politica que pressupõem uma investigação sobre a formação da identidade nacional envolvida em termos pós coloniais.
“Sob a rubrica da diversão, do entretenimento e da fuga, estão sendo produzidas esferas públicas massivas, que são consideradas como demasiadamente ‘inocentes’ para merecer uma análise política. Este é o caso da Disney Company.”
Desta forma, a Disney se atrela a história  e a reinventa como um instrumento pedagógico e político para assegurar seus próprios interesses e sua autoridade e poder. E o nosso desafio enquanto cidadãos, pais, professores é perceber e criar espaços de discussão de uma politica cultural que possa transformar estas formas sociais dominantes, ampliando os espaços de contestação e capacitando a sociedade de possibilidades para enquanto indivíduos  se tornarem sujeitos e agentes, ao invés de objetos alienados de representação.A Disney transforma a diversão em consumo e a memória em compra de souvernirs e vem construindo uma mitologia de inocência não problemática e asséptica de forma cuidadosa.

“O ‘Maravilhoso Mundo da Disney’ é mais que uma logomarca. Ele demonstra como o terreno popular tornou-se central ao processo de mercantilização da memória e de reescrita de narrativas de identidade nacional e expansão global.”


A importância de se fazer uma analise critica ao mundo de representações da Disney permite aos educadores e demais trabalhadores culturais entender mais claramente como as idéias e praticas institucionais se cruzam na produção, circulação e recepção da cultura popular e na formação da identidade nacional. Analisando os filmes Bom Dia, Vietnã (1987) e Uma linda Mulher (1990), Giroux pretende mostrar como a Disney usa o discurso da inocência para policiar e conter as idéias potencialmente subversivas da memória e da cultura popular.

As analises aos filmes da Disney não tem dado enfoque pedagógico de considerá-los narrativas ideológicas que alem de alcançar um publico mais amplo que outros de seus empredimentos também tem seu enorme valor como textos populares a serem criticados.Dizer que a Guerra do Vietnã é um marco divisório na historia americana é tornou-se um lugar comum, ela tem sido usada como um espetáculo para sustentar o imperialismo americano.Muitos filmes tiveram a Guerra do Vietnã como pano de fundo criando mitos culturais.  O legado da amnésia história tem muita influências a partir dos filmes Hollywoodianos e das ideologias impostas pelo Estados Unidos.
A exemplo do filme do filme que é sucesso popular de "Bom Dia, Vietnã"  um drama cômico no qual um disk jokey do exercito é enviado ao Vietnã para melhorar o astral da tropa, no momento em que o conflito militar esta se agravando. O filme é baseado em seqüências cômicas que tratam os vietnamitas como “pessoas pequenas” e fazendo apologias sexistas e raciais sem nenhuma responsabilidade moral sobre elas. Além do que o personagem principal personifica a “doçura e bondade” presente nos filmes da Disney.

“Ao individualizar a questão da censura à mídia, Disney e Levinson apagam qualquer referência às condições históricas que, antes de qualquer coisas, tornam necessária tal censura.” No momento em que o protagonista tenta conquistar uma mulher vietnamita dando aula de inglês através de gírias não apenas retrata a mulher vietnamita como objeto de desejo mais o desprezo cultura do contexto linguístico. E o confronto dele com o irmão desta mulher coloca este vietnamita a parte do contexto em que vive reduzindo a um servidor obediente generoso



GIROUX, H.A. Memória e pedagogia no maravilhoso mundo da Disney. In SILVA, T.T. (Org.) Alienígenas na sala de aula; uma introdução aos estudos culturais em educação. Petrópolis: Vozes, 1995a, p. 133-158

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