quinta-feira, 15 de novembro de 2012

A animação Wall-e: Entre o humano, o animal e a maquina.



A trama do filme se desenrola em um cenário triste e desolador que envolve o planeta terra tomado com a questão da falência da vida frente à destruição do mundo pelas ações inconsequentes do homem. Mesmo vivendo sobre uma realidade imposta e mecanizada Wall-e reflete sentimentos e busca conhecer o mundo ao seu redor, se encontrando com EVA personagem extremamente automatizada e despida de racionalização pelo que faz ele procura conhecer e ensinar o que sabe, acreditando no ser humano e que pode sentir independentemente das diretrizes que lhe foram determinadas. O filme, no entanto, chama para outra questão que é a problemática de como estamos tratando o planeta, principalmente em relação a questão do lixo e o seu destino. Outra abordagem do filme é a questão “humanização” da máquina em detrimento da desumanizarão do homem. 


A relação de Wall-e com a barata (representada como um símbolo de falência do planeta terra), o único ser vivo existente, justamente por se acreditar ser este o inseto ancestral de todos nós e único capaz de sobreviver a irradiações nucleares denota que mesmo os animais considerados mais primitivos detêm a capacidade de conviver mutuamente com o seu habitat, enquanto o homem tão inteligente e capaz tornou seu planeta um depósito de lixo e é esta mesma barata que mais tarde estabelece o contato primeiro de Eva com o ambiente ao seu redor. A barata é um personagem simbólico que ela representa tudo que é primitivo, mas também complexo.

O filme também nos chama à atenção para utilidade que damos as coisas e os significados que elas realmente acabam assumindo em nossas vidas, levantando questionamentos sobre a substituição das coisas proporcionada pelas novas tecnologias e ate que ponto isso é necessário. 

Os seres humanos no filme aparecem apáticos e acomodados pelos recursos tecnológicos existentes, completamente alienados esqueceram-se de se relacionar e de desenvolver funções essenciais, revertendo à relação homem máquina. Esta relação é descrita no filme de forma assustadora visto que o homem perde seu poder de refletir e interagir com o meio, realizando apenas funções básicas para continuar sobrevivendo. Tudo apenas com um clique , deixando as sensações e sentimentos

O filme conclama a humanidade a não apenas “sobreviver” mais procurar viver de fato e transformar sua realidade. Mesmo que sejamos programados ou moldados pelo sistema como o capitão e o robozinho de limpeza podemos acordar para o mundo a nossa volta com uma simples atitude fazer a diferença pelo nosso planeta. Diretrizes são importantes mais em sua maioria acabam passando por cima do que realmente precisa ser preservado que é a vida, o meio ambiente e o homem. 

A temática do filme abrange, sem dúvidas, uma série de temas que podem ser trabalhado em sala de aula, inclusive na formação dos professores e nos cursos de licenciatura na medida em que destaca as formas de aprendizagem de wall-e, Eva, do capitão, do robô. Demonstrando que aprender pode e deve ser algo contínuo, integral e constante em nossas vidas, algo quem os livros e manuais simplesmente não ensinam, por está intrínseca nas relações humanas. 

O homem não pode esquecer que detém tanto o poder de criação como o de destruição e que é capaz de refletir e raciocinar com o meio, sem deixar impregnar por estas intencionalidades; com advento da tecnologia, caso não tenha o devido cuidado, fará a “humanização” da máquina em detrimento da “desumanização” do homem.


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