domingo, 11 de novembro de 2012

O Filme "Alexandria" sobre uma pespercitiva Filosófica




O filme Alexandria, de Alejandro Amenábar, retrata aspectos da vida e pensamento de Hípatia de Alexandria, uma matemática, astrônoma e filósofa que viveu entre 370 e 415 da Era Cristã, dentre o roteiro marcado pelos abalos políticos e religiosos da crise do Império Romano na época. Hípatia procurava respostas a questões filosóficas, físicas e matemáticas presentes desde o inicio da história da filosofia. No filme, a hum destaque ao comportamento do movimento da terra e dos seres supralunares, estrelas, planetas, sol, etc. A partir da causa primária de que o circulo e as estrelas ficam no céu e jamais caíram. O movimento do céu é defendido como circular e perfeito e o movimento na terra linear. 

Os pés estão pisando no centro do cosmos que mantém as coisas coesas e integras. No sistema Ptolomeu a terra é o centro do cosmos e girando em torno dela o sol e os cinco errantes Mercúrio , Vênus, Marte, júpiter e Saturno. Obstinadamente desobedecendo à lei to círculo, contanto Ptolomeu para Davus e Hípatia obedecem esta lei, no fato de vermos em um espiral deve ser o conjunto de movimento de dois círculos um do movimento de cada terra e um próprio de cada errante. 

Hípatia argumenta que Ptolomeu complica tudo com seu episcírculos e o céu devia ser simples. E se existisse uma explicação mais simples para os errantes. Conforme or argumentos que Aristarco defendia, ou seja, que a terra se move. E o comportamento do errante seria nada mais que uma ilusão de ótica causada pelo nosso movimento em combinação com o deles em torno do sol. O modelo heliocêntrico 

Se esta hipótese tivesse razão Davus afirma que os objetos ao caírem não fariam um movimento retilíneo e os pássaros perderam seu curso. Hípatia diz que essa hipótese pode ser refutada, mas não sabia como ainda. Posteriormente estando em um ela testa a tese de Astarco, utilizando um saco de areia, que cai no mesmo lugar como se o barco estivesse parado. E argumenta que o mesmo princípio pode ser aplicado a terra que pode s esta em movimento sem que a gente perceba. 

Hípatia ainda se questiona do porque o brilho dos errantes varia e o sol muda de tamanho no inverno e no verão. Se a mesma distância é sempre exata a terra gira em torno do sol que esta no centro. Encontra nas cônicas de Apolônio inspiração para continuar seus questionamentos. A partir de elementos como as quatro curvas, o circulo e a elipse, a parábola e a hipérbole. Hípatia pergunta-se porque o circulo coexiste com movimentos tão impuros? A terra se move? A terra pode esta se movendo e ninguém percebe isso? 

E mesmo, com questionamentos contrários baseados nas hipóteses credibilizadas ate então “Se as estrelas movem em círculos porque dividiriam esta perfeição conosco?”, ela ainda se põe em duvida. Refuta o movimento circular defendido desde Platão e Aristóteles, pois, todos até então apenas conciliaram suas observações e não procuraram refutá-la. Hípatia pretende recomeçar. 

Usando as cônicas de Apolônio e seus conhecimentos em matemática e astronomia, ela procura explicar a relação de diferença do tamanho do sol nas estações e como o mesmo pode ocupar duas posições ao mesmo tempo. Ciente que no circulo o centro está a mesma distancia de qualquer ponto ao longo de seu diâmetro, ela levanta a hipótese de se dividir o centro em dois e manter constante a distancia do diâmetro. Concluindo que a soma dos dois será sempre constante e aplicando isso ao movimento da terra ela chega a uma elipse, um circulo muito especial, cujos os focos se aproximam tanto que parecem ser um só .


ALEXANDRIA. Diretor: Alejandro Amenábar. Espanha: Luci, 126min, 2009,  DVD.

5 comentários:

  1. Marcos Antonio dos Santos Rodriguesterça-feira, 13 novembro, 2012

    Aluno: Marcos Antônio dos Santos Rodrigues
    Tema: A essência do que é a doutrina cristã

    Este é o tema escolhido por mim para comentar sobre o filme “Alexandria”.
    Quando observamos o filme, podemos analisá-lo da seguinte forma: Sendo Jesus o autor e consumador da fé cristã e o modelo a ser seguido, facilmente podemos observar como era frágil e equivocado o cristianismo que os personagens do filme viviam. Se analisarmos sob o ponto de vista cristocêntrico, vários aspectos do filme não passam de uma linguagem ou interpretação fraca da sã doutrina, pois, sendo Jesus o modelo, nos ensinou: “amai ao próximo como a te mesmo”. Mais ainda: Cristo nos ordenou a “amar os nossos inimigos e orarmos por aqueles que nos perseguem”. Sendo assim, ao observarmos o filme vemos um quadro caótico do cristianismo no ódio nutrido pelos Cristãos a todos aqueles que não concordavam com a sua doutrina. Doutrina esta totalmente antropocêntrica, egocêntrica e anticristã.
    No filme quatro acontecimentos marcam tudo aquilo que foi dito aqui: Na hora em que os cristãos atacaram os hereges na biblioteca; quando os cristãos atacaram os judeus em um culto judaico; quando o prefeito foi apedrejado e quando uma mulher foi condenada a morte por acreditar de forma diferente. Lógico que, toda a história foi forjada por um homem que se considerava líder cristão e tinha na verdade a intenção muito mais política do que religiosa, a fim de tomar o poder da cidade de Alexandria.
    Dentro destes aspectos citados acima, analisemos da seguinte forma: Aprovaria Cristo as atitudes tomadas por aqueles homens? Mandaria Jesus que perdoou a adúltera quando a lei a condenava, mandar que Hipátia fosse Crucificada? Como toda a certeza a resposta seria: não. É lógico que o evangelho que eles vivam era meramente religioso e não estava embasado no Evangelho de Cristo. A religião disse para Jesus: “Seu Mestre come e bebe com pecadores e publicanos”. O Evangelho diz: “Não precisa de médicos os sãos e sim os doentes”. A religião disse para Jesus: “Esta mulher foi apanhada em adultério e tu o que dizes?”. No final da história Jesus olha para a adúltera e diz: “Mulher! Ninguém te condenou”. A mulher disse: “Ninguém Senhor”. Então o Evangelho de Cristo disse: “Eu também não te condeno! Vai e não peques mais”. Na religião judaica não era normal o homem conversar com uma mulher, muito menos se fosse samaritana. Jesus no poço conversa com uma samaritana, lhe apresenta o Evangelho e ainda revela o segredo do seu coração, mostrando que o Evangelho de Cristo era e é pra todos. No entanto, quando voltamos ao filme, o evangelho não é o de Cristo que, tem um teor religioso baseado em esforço humano, heresias incontáveis e interpretação baseado na razão e não na Revelação de Cristo.

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    1. concordo amigo, e em uma parte do filme apareceu o darvus tentando questionar se os cristãos estavam errados já que eles pregavam algo e faziam outra, e foi orientado que somente quem podia perdoar era Jesus Cristo porque ele era Deus, ou seja, desde lá pensavam e interpretavam tudo de acordo com seus interesses, depois do Renascimento isso deu uma boa melhorada :) Mas enfim os cristãos eram "selvagens" e concordo com isso, porem devemos lembrar que antes eles eram os "caçados", perseguidos e proibidos a seguir a sua crença e quando o jogo virou eles decidiram fazer o mesmo.

      Não era um culto judaico quando atacaram, eles estavam ouvindo musica, sendo que deviam guardar o sábado para a religião ( segundo o que foi contestado pelos cristãos). Respondendo as perguntas feitas:Acho que Jesus não aprovaria e ainda não aprova o que muitos cristãos e religiões cristãs fazem. Hipátia seria liberta porque em momento algum (em minha concepção) Jesus queria pessoas sem pensamento próprio. A bíblia sempre foi manipulada conforme interesses e traduções e se um dia foi realmente inspirada por Deus infelizmente já perdeu sua essência, graças ao homem, o mesmo que destruiu todo conhecimento daquele mundo de alexandria.

      Essa igreja que foi citado por vc marcelo é a igreja do SANTO CIRILO, que ate hoje tem oração para ele kkkkkkkkkkk vergonhoso

      parabéns pelo comentário

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  2. Simone Nascimento Moreirasábado, 17 novembro, 2012

    Um dos aspectos observados no filme Alexandria diz repeito à defesa da fé e do Cristianismo; de modo que homens travam uma luta sangrenta que desencadeia a destruição de milhares de pessoas. Cada um levantando a sua bandeira como símbolo da verdade, disposto a qualquer preço, defender as suas convicções, desprezando a verdadeira função do cristianismo que é a de defender a vida e propagar a unidade entre os homens. Mas, em nome da fé, as pessoas matam, desonram, apedrejam, quando na verdade o que está por trás de tudo isso são preconceitos e questões políticas. Trata-se, enfim, de uma fé camuflada, mutilada, mais voltada para interesses próprios do que para a essência do evangelho de Cristo.

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  3. Francisuely Caribésábado, 17 novembro, 2012

    Vimos no filme Alexandria que a questão religiosa está diretamente vinculada com a questão da liderança, conforme ressaltou Simone Moreira em seu comentário. Neste contexto homens sedentos pelo poder disputam de forma acirrada o governo, usando como argumento a questão da fé; fator que é observado também na nossa contemporaneidade entre as religiões, de maneira que uma quer se sobressair diante das demais como se fosse a única detentora da verdade, de modo a atrair e dominar o maior número de “fiéis” para o seu rebanho, utilizando-se, muitas vezes, de argumentos fúteis em detrimento de valores lícitos.

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  4. Ana Valéria Pinheirosábado, 17 novembro, 2012

    Fé e razão, dois pólos opostos, que muitas vezes se apresentam como os causadores de grandes divergências, poderiam se encontrar como elementos complementares, uma vez que a fé racional pode ser uma forma de reduzir os julgamentos arbitrários. Hypatia, por exemplo, por ir de encontro às ideologias falocêntricas, foi julgada como uma feiticeira, apesar de apresentar uma postura muito mais condizente com os princípios cristãos do que de alguns líderes apontados no filme.
    A justiça, a moral, a divisão igualitária das oportunidades deveriam ser elementos cruciais na vida dos homens. Mas, muitas vezes, a ânsia pelo poder cega o homem em relação ao seu próximo e o faz lutar acirradamente pelo domínio, ao ponto de destruir o outro, comprometendo a vida humana tanto no plano físico quanto no espiritual. Essas rebeliões religiosas foram muito bem ilustradas nos comentários feitos por Simone Moreira e Francisuely Caribé.

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